segunda-feira, 26 de abril de 2010

Let it be.

E quando não se sabe mais que rumo tomar, quando tudo te parece indiferente, quando teu pesamento só segue os passos de uma pessoa, mas quando teus passos não seguem mais os dela, você pode se trancar no quarto e chorar até morrer. Ou pode levantar-se, e mesmo com tudo parecendo inerte, seguir. Não vai ser fácil, esteja pronto pra tombar, no início. Uma fraqueza comum aos que ressurgem. Mas os dias felizes voltarão. E você vai re-amar. Confie no que digo, isso é absolutamente inevitável.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Você conhece um Zezinho?

Zezinho era uma rapaz feliz. Bonito, simpático, pra cima mesmo. Daquele tipo que toda garota se apaixona de cara. Ele namorava já tinha uns 3 anos, e estava pensando no casamento. E foi no dia em que faria o pedido, que teve sua grande decepção. Escutou da namorada coisas do tipo: ''Não dá mais'', ''cansei'', mas sem dúvidas, a pior frase de sua vida - ''eu não te amo mais'' -; Zezinho morreu. Melhor dizendo, o Zezinho de antes morreu. Desde então, o que vive é apenas um ser que não se preocupa mais com sentimentos alheios. Que pensa: Oras, fizeram comigo, por que não posso fazer também? Mas imagina só se todo mundo pensasse assim? Eita, que desgraça! Afinal, todo mundo já teve uma decepção, e, se formos descontar em outro, quando haverá fim? Eu era mais proximo do Zezinho, no colégio sempre andávamos juntos. Até conversávamos sobre as garotas das turmas acima das nossas, coisa de jovens garotos mesmo. Mas hoje, desconheço aquele cara legal. E já deve ter acontecido algo assim com você. Irreconhecer pessoas. Eu penso: Meu Deus, não quero ser irreconhecível pra ninguém, não dessa forma. E não quero mesmo. Não acho justo. Não farei ninguém sofrer porque ME fizeram sofrer. O que eles tem a ver com isso? Nada. Mas sabe, ontem eu encontrei o Zezinho, conversamos por longos 3 minutos. É muito triste ver uma amizade de infância se resumir a 3 minutos de conversa no meio da rua. Mais pro final, falei: Ei, cara, deixa disso! Volte a ser quem sempre foi, você não é assim! Não tem que sair machucando todo mundo, dê chance as pessoas, dê chance pra você. Ele me disse: Quem nunca confere o que pode estar além; quem com ferro não fere, será ferido também. E assim, ele virou a esquina, e eu perdi de vista esse cara de agora, porque o meu grande amigo, perdi de vista há muito tempo...

sábado, 17 de abril de 2010

É como uma facada no meio do peito.

Espero que você nunca tenha levado uma facada, espero mesmo, viu? Eu nunca levei. Mas que deve doer, ahh, isso deve, né? Então, mas você já amou? Mas eu digo, amor mesmo, daqueles que faz você perder o rumo, esquecer das horas, sabe? Como dói o verdadeiro amor. Como a gente sofre, é complicado. Estranho é aquele amor que tudo tolera, que tudo concorda. Estranho é o amor que não tem conflito, aliás, não sei o porque de estar chamando isso de amor. Amor não é sim pra tudo, eu acho até que onde há muitos ''sins'', está faltando amor. Amar é não, também. Amar é ir contra, quando necessário. Amar é dizer a verdade, independente de. Quem ama não esconde, quem ama não SE esconde. E é aí que dói o amor. Dói na verdade. Dói de uma forma que às vezes parece que vai matar. Dói no choro, ali, no quarto escuro. Dói quando não queremos saber de mais ninguém, só de uma pessoa. Dói quando você sente que apesar de, tal pessoa faz uma extrema falta. Dói quando você tá longe, e se sente um besta, por não ter dado o valor necessário enquanto ainda estava em tempo. Amar dói, meu caro. E se você nunca, nunca sentiu nada disso que eu joguei por aqui, vai te doer um pouco, mas essa dor não é nada mais que vazio.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Meus sonhos.

Eu te falei de um recanto onde o azul celeste manto fica mais perto do chão? Onde o cristal da corrente reflete o galho pendente do solitário chorão? É lá onde a primavera, enche toda atmosfera de um perfume embriagador. É onde a vida é mais calma e sentimos dentro d'alma a chama ardente do amor. Voltarei pra aquelas terras, onde o sol doirando as serras tem mais luz, tem mais calor... Quero ouvir a cotovia, cantando ao clarear do dia nos arvoredos em flor. Mas tu, formosa querida, que pra mim é a própria vida, terás que me acompanhar. Lá farei o teu reinado, e viverei ao teu lado, pra nunca mais voltar. E nesse lugar distante serei teu fiel amante, teu escravo e teu senhor... Viveremos lá sozinhos, e teremos por vizinhos, jardins cobertos de flor. Se tu aceitas, senhora, e me segues como agora, realizando os sonhos meus, serei ao céu transportado, porque viverei ao lado do meu verdadeiro Deus.


A. de Almeida Toledo

domingo, 4 de abril de 2010

O preço é me fazer acreditar.

Por muito tempo deixei claro aos meus pensamentos: sozinho, eu quero ficar sozinho. Uma tremenda falta de preocupação, você, só você. Não há 'aquela ligação' pra ser feita, antes de dormir. Não há 'aquele bom dia' pra ser dado, ao abrir dos olhos. Não há datas, não há choro, não há fim nem recomeço. Não há carinho, não há companheirismo, não há confidências trocadas nem risos compartilhados. Esquece-se o 'eu amo você', joga-se o 'deixa de ser bobo, amor' numa gaveta. Rasga-se o papel com aquele 'vai ser pra sempre...'; Você deixa de lado qualquer sentimento que possa se tornar uma grande decepção. Você deixa de arriscar, deixa de jogar todas as suas fichas, cala-se. Não vê mais, não escuta mais. Perde todos os sentidos pro amor. Mas que imensa miséria o grande amor, não é? Não, não é. Acorde, fale, veja, escute, sinta. Acredite, há sempre mais pra ser esperado.