sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Memories seep from my veins...

Nessas horas o sofrimento é tanto, que eu penso estar sozinho no mundo. Por mais que eu tenha família e amigos do meu lado, a dor é minha. Ela ninguém pode sentir, ninguém pode sequer imaginar. Me consolam, e sou grato por isso. Mas não há diferença. Continua doendo, doendo muito. Em meio a tudo, ainda tem um monte de mentiras, quando eu pensei que não mais me surpreenderia. Em que mundo você pensa que vive, Roberto?! Longe, longe de mim ser prepotente, mas eu vim pra esse mundo com um teor de bondade muito grande, isso não é correto! Eu quero ser igual aos outros. Quero não me importar, quero não sofrer. Queria não ter um coração, nesse exato momento, queria um remédio que me fizesse dormir por vidas, até eu esquecer essa tristeza. Com quem vou conversar? Só tenho a mim mesmo, as pessoas me escutam, até sofrem, algumas. Mas repito: a dor é minha, esse desespero também é meu. Só me sobraram umas fotos e uma música, elas agora me acompanham, não sei até quando. Eu não consigo, não posso e não quero acreditar. Amanhã será outro dia, amanhã eu vou perceber que isso tudo é um pesadelo, por favor, alguém me diz isso! Amanhã vamos tocar violão, vamos contar um monte de piadas sem graça, e rir, como só nós sabemos fazer. Tá guardando meu lugar? Por favor, não esquece do meu lugar, um dia será minha vez. Essas frases todas, amigo, não servem de nada, não consigo dizer tudo que quero, tudo que sinto, é tanto desespero... tou tremendo e chorando, mas preciso escrever, eu sei que você vai ler, você sempre passava aqui, lembra? Sempre dizia "Booob, tu vai ficar famoso, e eu vou ser o primeiro a comprar um livro teu", e agora? O que eu vou fazer com o primeiro livro? Volta. Volta. Volta...


que saudade, cara.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Diz-me.

Tem certas coisas que chamamos de inesperado, talvez, para justificar a nossa falta de fé. Não sei. É muito complicado acreditar em coisas que não conhecemos, ou coisas que, aos nossos olhos, são impossíveis de se realizar. Mas a vida é tão além, além de mim, além de você, além de todos nós. É mais que tudo que possamos pensar. A vida acaba aqui? Ou vai - assim como seu próprio sentido - além? São tantas perguntas, dá até um nó no juízo. Quisera eu ter algumas respostas, quem sabe não seja esse o sentido da vida, não é? Buscar respostas. E por isso buscamos, buscamos, buscamos... Mas... cá entre nós, acho que não vamos encontrá-las. Pois, se o sentido da vida é procurar respostas, a vida acaba quando as encontramos, certo? Tá, vou parar com questionamentos loucos, tou mais parecendo o meu professor de Filosofia. Hã... parei, parei. Quer dizer, só mais uma, juro! E se acontece o que você pensou que nunca iria acontecer?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Deixar.

Que bobos somos quando queremos retomar o impossível. Ah, eu me sinto o verdadeiro idiota por renovar minhas esperanças, mesmo depois de quedas-quase-morte. Ô, garoto! Quantas vezes você repetiu pra si mesmo ''Eu vou aprender!", hein? Quantas e quantas vezes você disse que seria a ultima vez? Muitas! Mas sabe, eu sempre menti, é. Sempre soube que não era a ultima vez, sempre soube que iria tentar de novo e de novo e de novo, e ter muitas outras quedas-quase-morte. Mas eu me conheço, e quando dizia pra mim mesmo que tinha acabado, que iria aprender, era justamente porque eu sabia que o contrário estava acontecendo, mas eu precisava me convencer. Mas agora algo mudou. Caramba, eu TENHO que pensar em mim. Tem uma frase que diz assim ''Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz"; Sacou? É bem isso. Deixei. Deixei de esperar, deixei de tentar, deixei de achar que poderia ser diferente. Acabou. É muito, muito triste pensar que acabou. Acordar e não ter aqueles planos tão pensados, mas outros virão, sozinho ou acompanhado, muitos outros estão por vir, e é nisso que vou me agarrar. Acabou e não há nada pra ser feito. Nem desfeito. Chorar? Cara, talvez eu chore um pouco, antes de dormir. Mas vou lavar a alma, eu preciso me libertar, a dor persiste, por um tempo. Nada é eterno. Amor adormece, amor até morre, sabia? Vou trancá-lo no fundo do baú, ele precisa dormir e, quem sabe, até faça o favor de morrer.