segunda-feira, 3 de maio de 2010

Agridoce.

Por que você às vezes se faz de ruim? Tenta me convencer que não mereço viver, que não presto, enfim. Saio em segredo, você nem vai notar. E assim, sem despedida, saio de sua vida tão espetacular. E ao chegar lá fora, direi que fui embora e que o mundo já pode se acabar, pois, tudo mais que existe só faz lembrar que o triste está em todo lugar. E quando acordo cedo de uma noite sem sal, sinto o gosto azedo de uma vida doce, e amarga no final. Saio sem alarde, sei que já vou tarde, não tenho pressa, nada a me esperar. Nenhuma novidade, as ruas da cidade, o mesmo velho mar.


(Pato Fu)

Nenhum comentário: