quinta-feira, 22 de abril de 2010

Você conhece um Zezinho?

Zezinho era uma rapaz feliz. Bonito, simpático, pra cima mesmo. Daquele tipo que toda garota se apaixona de cara. Ele namorava já tinha uns 3 anos, e estava pensando no casamento. E foi no dia em que faria o pedido, que teve sua grande decepção. Escutou da namorada coisas do tipo: ''Não dá mais'', ''cansei'', mas sem dúvidas, a pior frase de sua vida - ''eu não te amo mais'' -; Zezinho morreu. Melhor dizendo, o Zezinho de antes morreu. Desde então, o que vive é apenas um ser que não se preocupa mais com sentimentos alheios. Que pensa: Oras, fizeram comigo, por que não posso fazer também? Mas imagina só se todo mundo pensasse assim? Eita, que desgraça! Afinal, todo mundo já teve uma decepção, e, se formos descontar em outro, quando haverá fim? Eu era mais proximo do Zezinho, no colégio sempre andávamos juntos. Até conversávamos sobre as garotas das turmas acima das nossas, coisa de jovens garotos mesmo. Mas hoje, desconheço aquele cara legal. E já deve ter acontecido algo assim com você. Irreconhecer pessoas. Eu penso: Meu Deus, não quero ser irreconhecível pra ninguém, não dessa forma. E não quero mesmo. Não acho justo. Não farei ninguém sofrer porque ME fizeram sofrer. O que eles tem a ver com isso? Nada. Mas sabe, ontem eu encontrei o Zezinho, conversamos por longos 3 minutos. É muito triste ver uma amizade de infância se resumir a 3 minutos de conversa no meio da rua. Mais pro final, falei: Ei, cara, deixa disso! Volte a ser quem sempre foi, você não é assim! Não tem que sair machucando todo mundo, dê chance as pessoas, dê chance pra você. Ele me disse: Quem nunca confere o que pode estar além; quem com ferro não fere, será ferido também. E assim, ele virou a esquina, e eu perdi de vista esse cara de agora, porque o meu grande amigo, perdi de vista há muito tempo...

Um comentário:

Pedro Henrique Doria disse...

engraçado isso de perder pessoas no caminho. Estranho como aquele que andava sempre do nosso lado, frequentava nossa casa, trocava confidencias pode se tornar um absoluto desconhecido. E o feu da vida que consegue endurecer, robotizar, desensibilizar qualquer um que sofreu de amor, de dor... Dificil salvar alguem dessa, importante tentar salvar pelo menos nós mesmos.